Apêndice I – Regras Locais; Condições de Competição
Parte A - Regras Locais
Definições
Todos os termos referentes a definições são representados em itálico e estão listados por ordem alfabética na Secção Definições - ver pag.30-45.
Geral
De acordo com a Regra 33-8a, a Comissão Técnica pode estabelecer e publicar Regras Locais para condições locais anormais, desde que elas estejam de acordo com as diretrizes estabelecidas neste Apêndice.
Além disso, informação detalhada sobre Regras Locais aceitáveis e proibidas é fornecida nas «Decisions on the Rules of Golf» na Regra 33-8, e no “Guidance on Running a Competition”.
Se condições locais anormais interferem com o normal decorrer do jogo e a Comissão Técnica considerar necessário modificar uma Regra de Golfe, terá que obter autorização do R&A.
Dentro das políticas estabelecidas no Apêndice I a Comissão Técnica pode adotar Modelos de Regras Locais referindo, no cartão de jogo ou afixando no quadro, de acordo com os exemplos abaixo referidos. Contudo Modelos de Regras Locais de natureza temporária não devem ser impressas no cartão de jogo.
1. O campo – Definição de Limites, Margens e o Estatuto dos Objetos
A Comissão Técnica pode adotar Regras Locais:
• Especificando os meios utilizados para definir o fora de limites, obstáculos de água, obstáculos de água lateral, terreno em reparação, obstruções e partes integrantes do campo (Regra 33-2a).
• Esclarecendo o estatuto de obstáculos de água que podem ser obstáculos de água lateral (Regra 26).
• Esclarecendo o estatuto de objectos que podem ser obstruções (Regra 24).
• Declarando qualquer construção como parte integrante do campo e assim, não uma obstrução, p.ex:. muros de suporte dos locais de saída, greens e obstáculos de areia (Regras 24 e 33-2a).
• Declarando como parte integrante do campo as superfícies artificiais e os bordos de estradas.
• Proporcionando alivio do tipo permitido na Regra 24-2b, de estradas e caminhos que não tenham superfícies artificiais e bordos, se estes poderem afetar de forma injusta o jogo.
• Definindo obstruções temporárias instaladas e ou adjacentes ao campo como obstruções móveis, inamovíveis ou temporariamente inamovíveis.
2. Proteção do Campo
a. Terreno em Reparação; Proibição de Jogar
Se a Comissão Técnica desejar proteger qualquer parte do campo, incluindo viveiros de relva, plantações jovens e outras partes do campo em cultivo, deverá declará-la como terreno em reparação e proibir o jogo a partir dessa área. Recomenda-se a seguinte Regra Local:
“A ________________ (definida por_____________ ) é terreno em reparação desde o qual é proibido jogar. Se a bola de um jogador repousa na área ou se esta interfere com a tomada de posição do jogador ou com a área do swing pretendido, o jogador tem, que obter alivio conforme a Regra 25-1.
PENALIDADE POR INFRAÇÃO À REGRA LOCAL:
Jogo por buracos – Perda do buraco; Jogo por pancadas – Duas pancadas’’
b. Proteção de Árvores Jovens Quando é pretendido impedir que se danifiquem árvores jovens, recomenda-se a seguinte Regra Local:
“Proteção de árvores jovens identificadas por___________ . Se uma árvore interferir com a tomada de posição do jogador com a área do swing que pretende efetuar, a bola tem que ser levantada, sem penalidade, e deixada cair em conformidade com procedimento prescrito na Regra
24-2b (Obstrução Inamovível). Se a bola repousa num obstáculo de água, o jogador tem que levantar a bola e deixar cair em conformidade com a Regra 24-2b(i) exceto que o ponto mais perto de alivio tem que estar no obstáculo de água e a bola deve deixada cair no obstáculo de água, ou o jogador pode proceder de acordo com a Regra 26. A bola pode ser limpa quando levantada de acordo com esta Regra Local.
Exceção:
Um jogador pode não ter alivio de acordo com esta Regra Local se: (a) a interferência de qualquer outra coisa que não
seja uma árvore torna a pancada claramente impraticável ou (b) ou a interferência de uma árvore ocorra devido somente ao uso claramente irrazoável de uma pancada ou de uma tomada de posição claramente anormal, swing ou direção de jogo.
PENALIDADE POR INFRAÇÃO À REGRA LOCAL:
Jogo por buracos – Perda do buraco; Jogo por pancadas – Duas pancadas’’
c. Áreas de Sensibilidade Ambiental
Se uma autoridade competente (p.ex. uma Agência Estatal ou similar) proíbe a entrada e/ou jogar desde uma zona no ou adjacente ao campo, por razões ambientais, a Comissão Técnica deverá redigir uma Regra Local clarificando o procedimento de alívio. A Comissão Técnica não pode declarar que uma zona é de sensibilidade ambiental.
A Comissão Técnica tem alguma liberdade para decidir se se define a zona como terreno em reparação, obstáculo de água ou fora de limites. Contudo, não pode definir simplesmente uma zona como obstáculo de água se esta não está conforme a Definição de “Obstáculo de Água” e deverá procurar preservar o carácter do buraco.
Recomenda-se a seguinte Regra Local:
“1. Definição
Uma área de sensibilidade ambiental ASA é uma área assim declarada por uma autoridade competente, em que está proibida a entrada e/ou jogar daí por razões ambientais.
As____________________ (definidas por_________________________ ) “são áreas de sensibilidade ambiental” (ASAs). Estas áreas devem ser jogadas como (terreno em reparação – obstáculos de água – fora de limites).
2. Bola em Área de Sensibilidade Ambiental ASA Terreno em Reparação:
Se uma bola está numa ASA definida como terreno em reparação, uma bola deve ser deixada cairde acordo com a Regra 25-1b.
Se é conhecido, ou praticamente certo que uma bola que não tenha sido encontrada está numa ASA definida como terreno em reparação, o jogador pode ter alívio sem penalidade, como previsto na Regra 25-1c.
Obstáculos de Água e Obstáculos de Água Lateral:
Se a bola é encontrada dentro ou se é conhecido ou praticamente certo que uma bola que não foi encontrada está dentro de uma ASA, que está definida como obstáculo de água ou obstáculo de água lateral, o jogador tem que, com penalidade de uma pancada, proceder de cordo com a Regra 26-1.
Nota:
Se uma bola deixada cairde acordo com a Regra 26 rola para uma posição onde a ASA interfere com a tomada de posição do jogador ou com a área de swing que deseja efetuar, o jogador tem que ter alívio de acordo com a Cláusula 3 desta Regra Local.
Fora de limites:
Se uma bola está numa ASA que tenha sido definida como fora de limites, o jogador tem que jogar uma bola, com penalidade de uma pancada, tão perto quanto possível do ponto de onde foi jogada da última vez a bola original (ver Regra 20-5).
3. Interferência com a Tomada de Posição ou com a Área do Swing que pretende efetuar
Existe interferência por uma ASA quando esta interfere com a tomada de posição do jogador ou com a área do swing que deseja efetuar. Se existe interferência o jogador tem que ter alívio como a seguir se refere:
(a) No percurso: se a bola se encontra no percurso, tem que determinar se o ponto do campo mais próximo daquele onde a bola se encontra que (a) não esteja mais próximo do buraco, (b) evite a interferência da ASA e (c) não esteja num obstáculo nem num green. O jogador tem que levantar a bola e deixá-la cair, sem penalidade, dentro da distância de um taco do ponto assim determinado e numa zona do campo que cumpra com (a), (b) e (c) acima descritos.
(b) Num obstáculo: Se a bola está num obstáculo, o jogador deve levantar a bola e deixá-la cair que:
(i) Sem penalidade, no obstáculo tão perto quanto possível do ponto onde a bola se encontrava, não mais perto do buraco, numa parte do campo que proporcione um alívio completo da ASA; ou
(ii) Com penalidade de uma pancada, fora do obstáculo, mantendo o ponto onde a bola repousava em linha reta entre o buraco e o ponto onde a bola vai ser deixada cair, sem limite de distância, atrás do obstáculo, onde a bola pode ser deixada cair. Adicionalmente, o jogador pode proceder em conformidade com o previsto na Regra 26 ou 28, se forem aplicáveis.
(c) No green: Se a bola está no green, o jogador deve levantar a bola e coloca-la, sem penalidade, no lugar mais próximo do ponto onde repousava que permita um alívio completo da ASA, porém não mais próximo do buraco nem num obstáculo.
A bola, quando levantada ao abrigo da Cláusula 3 desta Regra Local, pode ser limpa.
Exception:
A player must not take relief under Clause 3 of this Local Rule if (a) interference by anything other than an ESA makes the stroke clearly impracticable or (b) interference by an ESA would occur only through the use of a clearly unreasonable stroke or an unnecessarily abnormal stance, swing or direction of play.
PENALIDADE POR INFRAÇÃO À REGRA LOCAL:
Jogo por buracos – Perda do buraco; Jogo por pancadas – Duas pancadas.
Nota:
No caso de violação séria desta Regra Local, a Comissão Técnica pode impor a penalidade de desclassificação.”
3. Condições do Campo
a. Bola Cravada
As condições do campo, incluindo lama e humidade extrema, podem interferir no normal desenrolar do jogo e justificar o alívio da bola cravada em qualquer parte do percurso.
A Regra 25-2 permite alívio sem penalidade para uma bola cravada no ponto do seu próprio impacto em qualquer zona de relva cortada rente ao chão no percurso. No green, uma bola pode ser levantada e o dano causado pelo impacto da bola pode ser reparado (Regras 16-1b e c). Quando seja justificada a permissão de alívio por uma bola cravada em qualquer parte do percurso, recomenda-se a seguinte Regra Local:
“No percurso, uma bola que esteja cravada pode ser levantada, limpa e deixada cair sem penalidade, tão perto quanto possível do ponto onde repousava, não mais perto do buraco. A bola ao ser deixada cair tem que tocar primeiro numa parte do campo no percurso.
Nota:
Uma bola está “cravada” quando está no seu ponto de impacto,
e parte da bola fica abaixo do nível do solo. Uma, bola não tem necessariamente que tocar na terra para estar cravada (p.ex. relva, impedimentos soltos ou algo semelhante podem intervir entre a bola e o solo).
Exceções: 1.
Um jogador pode não ter alívio em conformidade com esta Regra Local se a bola está cravada em areia numa zona que não seja relva cortada rente ao chão.
2. Um jogador não pode ter alívio em conformidade com esta Regra Local se a interferência de outra qualquer coisa que não seja a condição coberta por esta Regra Local torne a pancada claramente impraticável.
PENALIDADE POR INFRAÇÃO À REGRA LOCAL:
Jogo por buracos – Perda do buraco; Jogo por pancadas – Duas pancadas’’
b. “Colocação da Bola” e “Regras de Inverno”
O terreno em reparação está contemplado na Regra 25 e condições locais ocasionalmente anormais, que possam interferir com o jogo justo e não sejam generalizadas, deverão ser marcadas como terreno em reparação.
Contudo, condições adversas, tais como fortes nevões, degelo primaveril, chuvas prolongadas ou calor excessivo podem tornar os “fairways” em más condições e até impedir o uso de equipamento de corte mais pesado. Quando estas condições sejam tão generalizadas por todas as partes de um campo, que a Comissão Técnica entenda que “a colocação da bola” ou as “regras de inverno” favoreceriam um jogo justo ou ajudariam a proteger o campo, recomenda-se a seguinte Regra Local (que deverá ser retirada logo que as condições o permitam):
“Uma bola que se encontra no percurso em qualquer zona de relva cortada rente ao chão (ou especificar uma área mais restrita, p. ex. no buraco 6) pode ser levantada sem penalidade, e limpa. Antes de levantar a bola, o jogador tem de marcar a sua posição. Tendo
levantado a bola, ele tem de a colocar num local (especificar a área, p. ex. um cartão, ou o comprimento de um taco, etc) do ponto onde se encontrava originalmente, mas não mais perto do buraco, que não esteja, nem num obstáculo, nem num “green”.
O jogador pode colocar a bola uma só vez e depois de assim colocada, a bola está em jogo (Regra 20-4). Se a bola não se mantém parada no local onde foi colocada, aplica-se a Regra 20-3d. Se a bola depois de colocada ficar parada nesse local e posteriormente se deslocar, não há penalidade e a bola tem de ser jogada de onde repousa, a menos que se aplique o disposto em qualquer outra Regra.
Se o jogador não marcar a posição da bola antes de a levantar, mover o marcador da bola antes de a colocar de novo em jogo ou deslocar a bola de qualquer outra forma, como p.ex., rolando-a com o taco, incorre na penalidade de uma pancada.
Nota:
“Zona de relva cortada rente ao chão” significa qualquer zona do campo, incluindo caminhos no “rough”, cortada á altura do “fairway” ou inferior.
*PENALIDADE POR INFRAÇÃO À REGRA LOCAL:
Jogo por buracos – Perda do buraco; Jogo por pancadas – Duas pancadas.
*Se um jogador incorrer na penalidade geral por infração a esta Regra Local, não lhe é aplicada qualquer penalidade adicional por força desta Regra Local.”
c. Limpar a bola
Condições, como humidade extrema que cause quantidade significativa de lama que adira à bola, podem justificar que se permita levantar, limpar e recolocar a bola. Em tais circunstâncias, recomenda- se a seguinte Regra Local:
“(Especificar zona, p. ex., no buraco 6, em zona de relva cortada rente ao chão, em qualquer lugar do percurso, etc.) uma bola pode ser levantada, limpa sem penalidade. A bola tem de ser recolocada.
Nota:
A posição da bola tem de ser marcada antes de levantada ao abrigo desta Regra Local – ver Regra 20-1.
PENALIDADE POR INFRAÇÃO À REGRA LOCAL:
Jogo por buracos – Perda do buraco; Jogo por pancadas – Duas pancadas.”
d. Furos de Aerificação
Quando um campo foi furado para aerificação, pode ser estabelecida uma Regra Local que permita alivio, sem penalidade, de um furo de aerificação. Recomenda-se a seguinte Regra Local:
“No percurso, uma bola que se imobilize num ou sobre um furo de aerificação pode, sem penalidade, ser levantada, limpa e deixada cair tão próximo quanto possível do local onde se encontrava, mas não mais perto do buraco. A bola, quando deixada cair, deve tocar em primeiro lugar numa parte do campo no percurso.
No “green”, uma bola que imobilize num ou sobre um buraco de aerificação pode ser colocada no ponto mais próximo, mas não mais perto do buraco, que evite a situação.
PENALIDADE POR INFRAÇÃO À REGRA LOCAL:
Jogo por buracos – Perda do buraco; Jogo por pancadas – Duas pancadas.”
e. Junções de Tapetes de Relva Nova Cortada
Se a Comissão Técnica pretender permitir alívio das junções dos tapetes de relva nova cortada, mas não da relva dos referidos tapetes, recomenda-se a seguinte Regra Local:
“No percurso, se as junções de tapetes de relva nova cortada (mas não a própria relva) são consideradas terreno em reparação. Contudo, a interferência das junções com a tomada de posição do jogador não é considerada por si mesma, interferência de acordo com a Regra 25-1. Se a bola estiver em cima ou tocar na junção ou esta interferir com a área de swing que deseja efetuar, o alívio é concedido de acordo com a Regra 25-1. Todas as junções do mesmo tapete de relva são consideradas a mesma junção.
PENALIDADE POR INFRAÇÃO À REGRA LOCAL:
Jogo por buracos – Perda do buraco; Jogo por pancadas – Duas pancadas.”
f. Pedras no em Obstáculos de Areia
Pedras são por definição, impedimentos soltos e, quando a bola de um jogador está num obstáculo, uma pedra que esteja ou toque nesse obstáculo não pode ser tocada ou movida (Regra 13-4). Contudo, pedras em obstáculos de areia podem representar um perigo para os jogadores (um jogador pode ser magoado por uma pedra batida pelo taco do um jogador ao jogar a bola) e podem interferir com a maneira correta de jogar o jogo.
Quando for permitido retirar pedras de um obstáculo de areia, recomenda-se a seguinte Regra Local:
“Pedras em obstáculos de areia são obstruções móveis (aplica-se a Regra 24-1).”
4. Obstruções
a. Obstruções Inamovíveis Próximas do Green
A Regra 24-2 permite, alívio sem penalidade, da interferência de uma obstrução inamovível, mas também estabelece que, exceto no “green”, a intervenção com a linha de jogo não é por si mesma, interferência nos termos desta Regra.
Todavia, em alguns campos, a relva à volta do “green” está cortada tão rente ao chão que os jogadores podem querer usar o “putter” mesmo de fora do “green”. Nessas condições, as obstruções inamovíveis existentes em volta do “green” podem interferir com a maneira correta de jogar e justifica-se a introdução da seguinte Regra Local, permitindo que sem penalidade, se evite a interferência de uma obstrução inamovível:
“Pode obter-se alívio de uma obstrução inamovível em conformidade com a Regra 24-2.
Adicionalmente, se uma bola está no percurso e uma obstrução inamovível está situada dentro da distância de dois tacos do “green” e dentro da distância de dois tacos da bola, e interfere com a linha de jogo entre a bola e o buraco, o jogador pode ter alívio sem penalidade, da seguinte forma:
A bola tem de ser levantada e deixada cair no ponto mais próximo do local onde se encontrava e que (a) não seja mais perto do buraco, (b) evite a referida interferência e (c) não seja dentro de um obstáculo nem sobre um “green”.
Se a bola do jogador está no “green” e uma obstrução inamovível situada dentro da distância de dois tacos do ”green” interfere na sua linha de “Putt”, o jogador pode ter alívio como se segue:
A bola tem de ser levantada e colocada no ponto mais próximo do local onde repousava a bola que (a) não seja mais perto do buraco, (b) evite a interferência e (c) não esteja num obstáculo.
A bola pode ser levantada e limpa.
Exceção:
Um jogador não pode ter alívio ao abrigo desta Regra Local, se a interferência por qualquer outra coisa que não seja a obstrução inamovível faça com que a pancada seja claramente impraticável.
PENALIDADE POR INFRAÇÃO À REGRA LOCAL:
Jogo por buracos – Perda do buraco; Jogo por pancadas – Duas pancadas.”
Nota:
A Comissão Técnica, pode, restringir esta Regra Local a buracos específicos, a bolas que repousem no solo em zonas de relva cortada rente ao chão, a obstruções específicas ou, no caso de obstruções que não estejam no “green”, a obstruções em zonas de relva cortada rente ao chão.
“Zonas de relva cortada rente ao chão” significa qualquer área do campo, incluindo caminhos no “rough” cortada à altura do fairway ou inferior.
b. Obstruções Temporárias Inamovíveis (OTI)
Quando obstruções temporárias são instaladas no ou adjacentes ao campo, a Comissão Técnica deve definir o estatuto dessas obstruções como obstruções móveis, inamovíveis ou obstruções temporariamente inamovíveis.
Se a Comissão Técnica define tais obstruções, como obstruções temporárias inamovíveis, recomenda-se a seguinte Regra Local:
1. Definição
“Uma obstrução temporária inamovível (OTI) é um objeto artificial não permanente, normalmente instalado para uma competição e que seja fixo ou não seja rapidamente amovível. Exemplos de OTI’s incluem mas não limitado, tendas, quadros de resultados, bancadas, torres de televisão e lavaboss.
Os respetivos cabos de suporte fazem parte da OTI, a não ser que a Comissão Técnica declare que devem ser tratados como linhas eléctricas suspensas ou cabos.
2. Interferência
Interferência de uma OTI existe quando (a) a bola repousa em frente de e tão perto da OTI que a OTI interfere com a tomada de posição do jogador ou com a área do “swing” que este deseja efetuar, ou (b) a bola está dentro, sobre, debaixo ou atrás da OTI, qualquer parte da OTI que intervém directamente entre a bola do jogador e o buraco e na sua linha de jogo; também existe interferência se a bola está dentro da distância de um taco de um ponto equidistante do buraco onde tal intervenção existiria.
Nota:
Uma bola está debaixo de uma OTI quando está debaixo dos extremos da obstrução, mesmo que eles não se prolonguem até ao chão.
3. Alívio
Um jogador pode obter alívio pela interferência de uma OTI, incluindo uma OTI que está fora dos limites, da seguinte forma:
(a) No percurso: Se a bola repousa no percurso, deve determinar-se o ponto do campo mais próximo do local onde a bola repousa que (a) não esteja mais perto do buraco, (b) evite a interferência tal como está definida na Cláusula 2 e (c) não esteja num obstáculo, nem num “green”. O jogador tem de levantar a bola e deixá-la cair, sem penalidade, dentro da distância de um taco, do ponto assim determinado, numa parte do campo que satisfaça (a),
(b) e (c) acima.
(b) Num obstáculo: se a bola está um obstáculo, o jogador tem que levantar e deixar cair a bola atendendo a:
(i) Sem penalidade, de acordo com a Cláusula 3(a) acima referida, exceto que a zona mais próxima do campo que permite alívio completo, deve estar dentro do obstáculo, e a bola deve ser deixada cair dentro do obstáculo, ou, se o alívio completo é impossível, numa parte do campo, dentro do obstáculo que proporcione o máximo alívio possível; ou
(ii) ) Com penalidade de uma pancada, fora do obstáculo, como se segue: Tem que se determinar o ponto do campo mais perto do sítio onde a bola repousa que (a) não esteja mais perto do buraco, (b) evite a interferência tal como definida na Cláusula 2 e (c) não esteja num obstáculo. O jogador tem que deixar cair a bola dentro da distância de um taco do ponto assim determinado numa parte do campo que satisfaça (a), (b) e (c).
A bola pode ser limpa quando levantada de acordo com a Cláusula 3.
Nota 1:
Se a bola está num obstáculo, nada nesta Regra Local impede o jogador, de proceder de acordo com a Regra 26 ou a Regra 28, se forem aplicáveis.
Nota 2:
Se a bola que será deixada cair de acordo com este Regra Local, não for imediatamente recuperável, pode ser substituída por outra bola.
Nota 3:
Uma Comissão Técnica pode fazer uma Regra Local (a) permitindo ou exigindo que um jogador, para evitar a interferência de uma OTI, utilize a zona de deixar cair a bola ou (b) permitindo ao jogador, como uma opção adicional de alívio deixar cair a bola no lado do oposto da OTI do ponto estabelecido, porém para o demais de acordo com a Cláusula 3.
Exceções:
Se a bola de um jogador repousa à frente ou atrás de uma OTI não dentro, sobre ou debaixo da OTI, ele não pode obter alívio de acordo com a Cláusula 3 se:
1. A interferência por qualquer outra coisa que não seja a OTI faça com que seja claramente impraticável para ele executar a pancada, ou no caso de intervenção, executar uma pancada tal que a bola pudesse terminar em linha direta até ao buraco;
2. A interferência pela OTI ocorresse somente pelo uso de uma pancada claramente irrazoável ou de uma posição à bola “Swing”, ou direção de jogo, injustificadamente anormal; ou
3. No caso da intervenção, fosse claramente impraticável esperar que o jogador fosse capaz de bater a bola suficientemente longe em direção ao buraco para atingir a OTI. Um jogador que não tenha direito a alívio devido a estas exceções, pode, se a bola repousa no percurso ou num obstáculo de areia, obter alívio tal como prescreve a Regra 24-2b, se esta for aplicável. Se a bola repousar num obstáculo de água, o jogador pode levantar e deixar cair a bola de acordo com a Regra 24-2b(i), exceto que o ponto mais perto para alívio tem de estar dentro do obstáculo de água e a bola tem que ser deixada cair dentro do obstáculo de água, ou o jogador pode proceder em conformidade com a Regra 26-1.
4. Bola numa OTI não encontrada Se é conhecido ou é praticamente certo que uma bola que não foi encontrada está dentro, sobre ou debaixo de uma OTI, pode ser deixada cair uma bola de acordo com o estabelecido na Cláusula 3 ou na Cláusula 5, se aplicável. Para aplicação das Cláusulas 3 e 5,
considera-se que a bola repousa no ponto onde cruzou pela última vez os limites exteriores da OTI (Regra 24-3).
5. Zonas de Deixar Cair a Bola (DZ)
Se o jogador tiver interferência de uma OTI, a Comissão Técnica pode permitir ou exigir a utilização de uma zona de deixar cair a bola.
Se o jogador obtiver alívio usando a zona de deixar cair a bola, ele tem de deixar cair a bola na zona mais perto do ponto onde a bola está originalmente, ou é suposto estar de acordo com a Cláusula 4 (mesmo que a zona de deixar cair a bola mais próxima esteja mais perto do buraco).
Nota:
Uma Comissão Técnica pode emitir uma Regra Local proibindo a utilização de uma zona de deixar cair a bola que esteja mais perto do buraco.
PENALIDADE POR INFRAÇÃO À REGRA LOCAL:
Jogo por buracos – Perda do buraco; Jogo por pancadas – Duas pancadas.”
c. Linhas Elétricas e Cabos Temporários
Quando são instalados, linhas elétricas, cabos ou linhas telefónicas temporários, recomenda-se a seguinte Regra Local:
“As linhas elétricas, cabos, linhas telefónicas temporários e as esteiras que os tapam ou as escoras que os suportam, são obstruções:
1. Se forem rapidamente amovíveis, aplica-se a Regra 24-1.
2. Se forem fixas ou dificilmente amovíveis, o jogador pode, se a bola estiver no caminho ou num obstáculo de areia, ter alívio conforme previsto na Regra 24-2b. Se a bola estiver num obstáculo de água o jogador pode levantar e deixar cair a bola conforme previsto na Regra 24-2b(i), exceto que o ponto mais próximo do alívio tem de estar dentro do obstáculo de água e a bola tem de ser deixada cair dentro do obstáculo de água ou o jogador tem de proceder de acordo com a Regra 26.
3. Se uma bola bate numa linha elétrica suspensa ou cabo, a pancada é cancelada e o jogador tem que jogar uma bola tão próximo possível do local onde jogou a sua bola original conforme previsto na Regra 20-5 (Executar a Pancada seguinte do Local Onde Foi Executada a Anterior).
Nota:
Os cabos de arame que suportam uma obstrução temporária inamovível, são parte dessa obstrução temporária inamovível, a não ser que a Comissão Técnica, mediante Regra Local, declare que devem ser tratados como linhas de potência suspensas ou cabos aéreos.
Exceção:
Uma pancada que tenha como consequência que uma bola bata numa secção elevada de um cabo que parta do solo não pode ser repetida.
4. As valas para cabos cobertas de relva são terreno em reparação, mesmo que não estejam marcadas, aplicando-se a Regra 25-1b.
PENALIDADE POR INFRAÇÃO À REGRA LOCAL:
Jogo por buracos – Perda do buraco; Jogo por pancadas – Duas pancadas.”
5. Obstáculos de Água; Jogar Bola Provisoriamente de Acordo com a Regra 26-1
Se um obstáculo de água (incluindo um obstáculo de água lateral) tem umas dimensões e forma e/ou localização tais que:
(i) seria impraticável determinar se a bola está no obstáculo ou fazê-lo atrasaria indevidamente o jogo, e
(ii) se a bola original não for encontrada, é conhecido ou é praticamente certo que está dentro do obstáculo de água, a Comissão Técnica pode introduzir uma Regra Local permitindo o jogo de uma bola provisória de acordo com a Regra 26-1. A bola é jogada provisoriamente de acordo com qualquer das opções aplicáveis na Regra 26-1 ou qualquer Regra Local aplicável. Neste caso, se for jogada uma bola provisoria e a bola original está dentro do obstáculo de água o jogador pode jogar a bola original tal como ela se encontra ou continuar com a bola provisoria, mas não pode proceder conforme a Regra 26-1 no que respeita à bola original.
Nestas circunstâncias, recomenda-se a seguinte Regra Local:
“Se houver dúvidas se uma bola está dentro ou perdida num obstáculo de água (especificar o lugar), o jogador pode jogar outra bola provisoriamente, de acordo com qualquer das opções aplicáveis na Regra 26-1.
Se a bola original for encontrada fora do obstáculo de água, o jogador tem de continuar a jogar com ela.
Se a bola original é encontrada dentro do obstáculo de água, o jogador pode ou jogar a bola original como se encontra ou continuar com a bola jogada provisionalmente de acordo com a Regra 26-1.
Se a bola original não for encontrada ou identificada dentro do período de cinco minutos de procura, o jogador deve continuar com a bola jogada provisoriamente.
PENALIDADE POR INFRAÇÃO À REGRA LOCAL:
Jogo por buracos – Perda do buraco; Jogo por pancadas – Duas pancadas.”
6. Zonas de Deixar Cair a Bola (DZ)
A Comissão Técnica pode estabelecer Zonas de Deixar Cair a Bola (DZ) nas quais as bolas podem ou têm que ser deixadas cair quando a Comissão Técnica considera que não é viável ou praticável proceder exatamente em conformidade com a Regra 24-2b ou a Regra 24-3 (Bola não Encontrada numa Obstrução), Regra 25-1b ou 25-1c
(Condições Anormais de Terreno), Regra 25-3 (Green Errado), Regra 26-1 (Obstáculos de Água e Obstáculos de Água Lateral) ou Regra 28 (Bola Injogável).
Normalmente, Zonas de Deixar Cair a Bola devem ser providenciadas como uma opção de alívio adicional aquelas disponíveis pela Regra em questão, em vez de serem obrigatórias.
Utilizando o exemplo de Zonas de Deixar Cair a Bola para um obstáculo de água, quando se estabelece essa Zonas de Deixar Cair a Bola recomenda-se a seguinte Regra Local:
“Se uma bola está dentro ou é conhecido ou praticamente certo que uma bola não tenha sido encontrada está dentro de um obstáculo de água (especificar lugar), o jogador pode:
(i) proceder de acordo com a Regra 26-1; ou
(ii) como uma opção adicional, deixar cair uma bola, com a penalidade de uma pancada, na Zona de Deixar Cair a Bola.
PENALIDADE POR INFRAÇÃO À REGRA LOCAL:
Jogo por buracos – Perda do buraco; Jogo por pancadas – Duas pancadas.”
Nota:
Ao utilizar uma Zona de Deixar Cair a Bola aplicam-se as seguintes condições respeitantes ao deixar cair e voltar a deixar cair a bola:
(a) Não é necessário que o jogador esteja dentro da Zona de Deixar Cair a Bola) ao deixar cair a bola.
(b) A bola deixada cair deve primeiro tocar numa parte do campo dentro da Zona de Deixar Cair a Bola.
(c) Se a Zona de Deixar Cair a Bola está definida por uma linha, a linha está dentro da Zona de Deixar Cair a Bola.
(d) Não é necessário que a bola deixada cair fique dentro da Zona de Deixar Cair a Bola.
(e) A bola deixada cair deverá voltar a ser deixada cair se rolar e repousar numa posição a coberto da Regra 20-2c (i-vi).
(f) A bola deixada cair pode rolar para uma posição mais perto do buraco que o ponto onde tocou pela primeira vez uma parte do campo, sempre fique dentro da distância de dois tacos desse ponto e não na posição coberta por (e).
(g) Sujeito ao disposto de (e) e (f), a bola deixada cair pode rolar e ficar mais perto do buraco que:
• a sua posição original ou posição estimada (ver Regra 20-2b);
• o ponto mais próximo de alívio ou máximo alivio possível (Regra 24-2, 25-1 ou 25-3); ou
• o ponto onde a bola original cruzou pela última vez a margem de um obstáculo de água ou obstáculo de água lateral (Regra 26-1).
7. Dispositivos de Medição de Distâncias
Se a Comissão Técnica desejar proceder de acordo com Nota da Regra 14-3, recomenda-se a seguinte Regra Local:
“(Especificar como apropriado p. ex. Nesta competição ou Para todo o jogo neste campo, etc.), um jogador pode obter informação sobre a distancia utilizando um dispositivo de medição de distancias. Se, durante uma volta convencional um jogador utiliza um dispositivo de medição de distâncias para calcular quaisquer outras condições que possam afetar o seu jogo (ex. variações de elevação, velocidade do vento, etc.), o jogador está a infringir a Regra 14-3.”